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Refletindo sobre o Pacto da Branquitude: um grupo de estudos necessário

A Assessoria de Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) iniciou, com grande entusiasmo e responsabilidade, um grupo de estudos dedicado a leituras com temáticas sobre negritude, branquitude, racismo, impactos do racismo estrutural entre outros.

Atribuímos ao grupo o nome ANANSE, adinkra que representa símbolo de sabedoria, astúcia, criatividade e das complexidades da vida.

Extraído do site da UFMG – (Fonte: IPEAFRO)

E, para começar a discussão, fizemos a leitura do livro: O Pacto da Branquitude, da autora Cida Bento. A proposta do grupo é criar um espaço de escuta, troca e aprofundamento sobre as dinâmicas do racismo estrutural e os mecanismos que sustentam os privilégios da branquitude na sociedade brasileira.

Ao longo dos encontros, temos debatido não apenas o conteúdo do livro, mas também as formas como o racismo se manifesta nas instituições — especialmente na educação — e como ele atravessa nossas práticas, silêncios e omissões. A leitura de Cida Bento nos convoca a olhar para a branquitude não como ausência de raça, mas como um lugar de poder historicamente construído e sistematicamente protegido. Trata-se de um pacto não declarado, mas efetivo, que garante privilégios a determinados grupos em detrimento de outros.

Nosso grupo de estudos tem sido um espaço potente de conscientização e enfrentamento. Discutimos caminhos para romper com esse pacto e pensamos em estratégias antirracistas que possam ser incorporadas nas políticas públicas, nas formações docentes e no cotidiano das escolas. Sabemos que o enfrentamento ao racismo não pode ser uma ação isolada ou pontual, mas um compromisso contínuo e coletivo.

Ao compartilhar essa experiência, esperamos fortalecer uma rede de educadoras e educadores comprometidos com uma educação antirracista, que reconheça e valorize as identidades negras, indígenas e de todas as infâncias historicamente marginalizadas. Estudar o Pacto da Branquitude é, para nós, um gesto de responsabilização. É reconhecer que há muito o que mudar e que essa mudança começa por nós.

Que tal aproveitar o momento e constituir em sua escola um grupo de estudos sobre o assunto?

Precisa de ajuda ou de indicação de livros para o debate? Nos escreva etnicoracial@aprendebrasil.com.br

 

Até breve!

Kátia Costa e Rafael Pawlina

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